Ante a
publicaçom nos meios de comunicaçom da sentença da Audiencia Nacional contra
quatro independentistas galegos, o organismo popular anti-repressivo Ceivar
quer manifestar as seguintes questons e compartilhá-las como reflexom com o
conjunto da sociedade galega:
1ª
Confirmou-se, de novo, a posiçom exprimida publicamente por Ceivar no sentido
de que o juízo que se celebrou em Madrid entre os dias 24 e 27 era um juízo
politico. A nível jurídico-formal, o juíz Alfonso Guevara vulnerou o
direito à defesa dos acusados, convertindo em “provas periciais” informes
políticos de inteligência, expulsando da sala os peritos da defesa, impedindo a
contradiçom entre as provas apresentadas, interrompendo constantemente os
letrados da defesa e admitindo na sentença o seu desconhecimento da realidade
galega ao riscar de “inverossímeis” (sic) factos comuns no nosso país.
2ª Por
outra parte, e isto é ainda mais grave, o tribunal de exceçom partiu, em
todo momento, da premissa nunca demonstrada de que neste país age umha
“organizaçom terrorista” e de que, “portanto”, @s quatro independentistas
processad@s faziam parte da mesma. A sentença em nengum momento provou esta
premissa que estava fixada antes do início do processo.
3ª
Destacamos a absoluta desproporçom das condenas impostas aos quatro
independentistas –de 10 e de 18 anos-, engrossadas seriamente pola acusaçom de
“pertença a banda armada”, que é a que possibilita estas penas apesar de que
nom se demonstrou, como recolhe o auto, a participaçom dos processados em
nengumha açom ilegal que sustente tal rigor punitivo.
4ª A
criaçom jurídica nas salas da Audiencia Nacional dumha “organizaçom terrorista”
supom um gravíssimo salto qualitativo na prática da repressom política
sobre o independentismo galego, porquanto abre as portas à criminalizaçom e
persecuçom de organizaçons e militantes independentistas que, à vista do poder
demonstrado polo Ministerio de Interior e os corpos policiais sobre o tribunal,
que evidencia a inexistência de separaçom de poderes, podem ser encausados no
futuro em “tramas” e “organigramas” desenhados à vontade e à medida do Governo
espanhol.
5ª
Ante este novo cenário, que implica longas condenas de prisom e dispersom para
nacionalistas galegos, entendemos que o conjunto do campo soberanista, e os
sectores realmente democráticos da sociedade galega, devemos construir umha
permanente guarda-chuvas solidário que permita socializar a realidade da
repressom política e arroupar os retaliados e retaliadas.
6ª
Queremos enviar desde aqui um forte e caloroso abraço para @s quatro
independentistas condenad@s e para as suas famílias ante o longo caminho de
luita e dignidade que agora se abre para eles, que será a continuidade dum
compromisso de amor por este país e pola sua gente por todas e todos conhecido
e reconhecido. Que saibam, presos, familiares e amigas, que contarám com o
nosso carinho e apoio incondicional, assim como com o de amplos sectores da
nossa sociedade, como se evidenciou nesta manhá na conferência de imprensa
unitária celebrada no centro social O Pichel.
Defender
a Terra nom é delito!
Solidariedade
Galega frente à repressom política!
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